O metabolismo pode ser definido como um conjunto de reações químicas que continuamente estão ocorrendo em cada célula, assim os componentes gerados, degradados ou simplesmente transformados recebem o nome de metabólitos.
Por sua vez, as reações enzimáticas podem ser classificadas como:
Por sua vez, o metabolismo pode ser classificado como Primário e Secundário.
- Metabolismo primário: visa o aproveitamento de nutrientes para satisfazer as exigências fundamentais das células, ou seja, a biossíntese das moléculas essenciais à sua sobrevivência; como por exemplo: proteínas, enzimas, ácidos nucleicos, etc.
- Metabolismo secundário: Rota que transforma, acumula e produz substâncias, não necessariamente relacionadas de forma direta à manutenção da vida do organismo produtor.
Ou seja, enquanto o primário dedica-se principalmente ao crescimento e manutenção da vida dos vegetais, o secundário, embora dito não essenciais para o organismo, é capaz de conferir vantagens para sua sobrevivência e proteção da planta.
Além disso, autores relatam que o metabolismo secundário vegetal possui grande capacidade biossintética, tanto em relação a quantidade (concentração), como a diversidade de moléculas. Um explicação é que como as plantas estão enraizadas no solo, não podem responder ao meio ambiente como os animais. Possivelmente por esse motivo, também, o aparecimento de metabólitos biologicamente ativos é determinado pela co-evolução da planta com insetos, microrganismo e predadores no geral.
Mas, por que é importante o estudo do metabolismo secundário?
Uma das razões é que somente por meio do desse conhecimento é possível ao homem interferi racionalmente sobre o organismo produtor de forma a direcionar a sua produção e assim melhorar questões relacionadas ao rendimento.
A origem dos metabólitos secundários de maior relevância à Farmácia pode ser resumida a partir do metabolismo da glicose, via dois intermediários principais:
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Adaptado de Simões, et. al. (2010) |
Nas próximas postagens referentes à Farmacognosia continuarei com os grupos de metabólitos secundários. Podem deixar dúvidas e sugestões nos comentários!
Referência:
SIMÕES, C. M.O.; et.
al. Farmacognosia: da
planta
ao Medicamento. Editora da Universidade Federal de Santa
Catarina. 5ª Edição. 2010.
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